segunda-feira, 7 de junho de 2010

Mercado brasileiro de futebol vai crescer 79% até 2014

Impulsionado pela Copa do Mundo, o mercado brasileiro de futebol vai crescer 79% até 2014. A projeção é da empresa de auditoria Crowe Horwath RCS, presidida por Raul Corrêa da Silva (foto).

Segundo estudo da empresa, especializada em marcas esportivas, os clubes brasileiros faturaram cerca de R$ 1,9 bilhão no ano passado. Em 2014, estima, atingirão receita de R$ 3,4 bilhões. Em 2010, devem arrecadar R$ 2,1 bilhões.

Segundo Amir Somoggi, diretor da área Esporte Total da Crowe Horvath RCS, as receitas dos clubes vão crescer graças aos investimentos em estádios, que passarão a ser arenas, cobrarão ingressos mais caros e atrairão torcedores para o que na Europa se chama de matchday (dia do jogo). No matchday, o torcedor passa quase todo o dia no estádio, onde faz compras e se alimenta como em um shopping center.

As receitas com estádios devem crescer 111% de 2008 (R$ 189,6 milhões) a 2014 (R$ 400 milhões).  Exploração das marcas dos clubes (R$ 480 milhões em 2014) e cotas de TV e novas mídias (R$ 700 milhões em 2014) também ajudarão a alavancar o mercado nacional de futebol.

O estudo da Crowe Horvath RCS revela queda nas receitas dos clubes com a venda de jogadores em 2009, provocada pela crise econômica mundial _os times europeus compraram menos.

Mas, de acordo com Amir Somoggi, a venda de jogadores continuará sendo a principal fonte financeira dos times brasileiros. Vão superar R$ 800 milhões em 2014. "A venda de jogadores perderá importância, mas o Brasil continuará sendo um grande exportador de pé de obra", diz Somoggi.

De acordo com Somoggi, os clubes brasileiros souberam superar a crise na exportação de jogadores, em 2009, investindo em marketing, casos de Corinthians (com a contratação de Ronaldo) e Flamengo (com a venda de produtos esportivos), e aumentando as receitas com TV.
Em 2003, a venda de jogadores representava 26% do faturamento dos times. Em 2008, chegou a 27%, mas caiu a 19% no ano passado. Em 2014, deve voltar ao patamar histório de 27%. Já as verbas com bilheterias, que eram 7% em 2003, fecharam 2009 com 13% de representatividade.

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