quarta-feira, 9 de junho de 2010

Para Oscar, educação do esporte é necessária ao país

Em 2008, a China sediou os Jogos Olímpicos. Ao final do evento, esperava-se que a nação mais populosa do mundo chegasse ao topo do quadro de medalhas pela primeira vez. Missão cumprida.

O Brasil, um país emergente tanto quanto a China, hospedará os Jogos em 2016. Investirá cerca de 15 bilhões de dólares em infraestrutura urbana e esportiva no Rio de Janeiro, a cidade-sede, metade do que a China colocou em Pequim.

Mas será que o Brasil seguirá o exemplo chinês e se tornará uma potência olímpica?

Maior símbolo esportivo brasileiro, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, acredita que sim:

"Acho que foi uma coisa boa [a escolha do Rio de Janeiro], porque é a primeira Olimpíada que temos aqui na América do Sul. Então, acho que já merecia, porque ela traz investimentos, traz muito mais preparação de atleta. É uma coisa mais ampla do que a Copa do Mundo, que é só futebol”, disse Pelé em uma entrevista coletiva, respondendo a pergunta de Bolada Preta.

O atleta do século 20 é menos otimista em relação à Copa do Mundo de 2014, a ser disputada no Brasil também. Segundo Pelé, a Copa não fará o Brasil deixar de ser um grande exportador de jogadores de futebol.

"Infelizmente, a saída dos nossos atleta é [por causa d]a falta de condições das equipes brasileiras de manterem o jogador aqui. Na época em que eu estive como ministro [do Esporte], nós tivemos um trabalho imenso, uma briga danada, para que as equipes de futebol se transformassem em empresas, que pudessem fazer uma administração bem profissional, para poder manter os jogadores aqui. E isso infelizmente não aconteceu. Então, isso aí vai depender muito de como se prepararem os clubes daqui para a frente. Não tem nada a ver com Copa do Mundo", afirmou Pelé.

O blog levou as mesmas questões para Oscar Schmidt (foto), ex-jogador de basquete. Ele acredita que a Olimpíada trará uma “identificação definitiva do brasileiro com o esporte”, mas não visualiza um Brasil potência olímpica.

“Há uma diferença muito grande entre fazer uma Olimpíada e uma Copa do Mundo de futebol e se tornar uma potência olímpica. Para ser uma potência, nós primeiro temos que investir no esporte escolar, coisa que não temos minimamente”, setenciou.

Para Oscar, o Brasil exportará "jogadores para sempre".

Ouça aqui a íntegra do depoimento do maior cestinha do basquete nacional:
  PodcastOscarSchmidt by BoladaPreta 

Maria Paula Gonçalves da Silva, a Magic Paula, que brilhou no mesmo esporte que Oscar, faz coro com o Oscar. Ela enfatiza a falta de investimentos no atleta.

“O atleta continua naquele dilema de trinta anos atrás, necessitando de muito mais do que ele tem. Na verdade, todos esses recursos e investimentos não chegam a ele. O atleta tem se superar. Ele não consegue bons resultados por causa de um planejamento ou de estrutura adequada. É sempre pelo talento”.


Ouça aqui a entrevista de Paula:
  PodcastPaula by BoladaPreta 

Clique abaixo e assista à reportagem em que Pelé fala sobre o impacto da Copa e da Olimpíada no esporte brasileiro:

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